Minha história na politica - Final

Com isso, em maio, quase junho, de 2008, decidi concorrer a vereador pelo
meu partido. Foi muito “em cima da hora” a minha decisão, e gastei um bom
tempo preparando o material, mas a campanha, em si, não aconteceu.

Eu, pessoalmente, não entrei em mais da metade dos bairros para pedir voto.
Foi bem turbulenta minha primeira candidatura, sem dinheiro, sem material
e sem muito preparo para ser candidato. Mas sabe que, no fim, valeu à pena,
pois fiz 354 votos! Sei que muitos desses votos foram pelo reconhecimento
do meu trabalho junto a comunidade desde meus tempos de Grêmio Estudantil
no Instituto Olívia.

Muita gente não entende o que é a diferença de um prefeito para o outro e de
um partido para o outro, mesmo dentro de uma coligação. E é muito grande!
Eu trabalhei como funcionário de dois prefeitos e eu tenho uma opinião
formada há muito tempo sobre isso, pois, mesmo estando juntos devido a
coligações, eu vi e vivenciei coisas totalmente diferente com cada um deles...


Chego a uma grande conclusão: sei que tem gente que se ofende com o que
eu digo, mas pra mim o povo é muito mais corrupto que os políticos. Isso se
comprova com o que eu escuto hoje por onde eu ando. Pessoas que preferem
bandidos na política do que pessoas honestas. Deixando de votar no honesto
porque não lhe deu nada (não ofereceu nada para comprar seu voto, se é que me
entendem...). Por favor, tá na hora de acordarmos!

Agora entramos num ano eleitoral e, com certeza, muitas pessoas estão
com dúvidas, mas deixo aqui uma dica: olhem quem anda com quem.

Se não conhecem, perguntem quem são as pessoas do lado de cada candidato.
Procurem o histórico de cada um, saibam por que foram demitidos da
prefeitura, o que fizeram enquanto estiveram no poder e porque estão daquele lado. E lembrem-se: serão essas pessoas que assumirão cargos de chefia e administrarão novamente o nosso dinheiro e as
coisas públicas, caso ganhem a eleição.

Se é mais antigo, procure saber o que fez quando seu partido esteve no poder.
Gente, vamos pensar muito bem na hora de escolher nossos candidatos em
outubro próximo. Eu já escolhi! E tenho bons motivos para isso!

Olhe para a cidade e venha comigo!

Minha história na politica - Parte 2

Continuação...

Aí comecei a entender que a política não era apenas o agito, as fofocas, as
especulações. Vi que a coisa é muito séria, há muito jogo de interesses, muitas
mentiras, muita trapaça, muita coisa repulsiva. Isso de todos os lados.

Em setembro de 2001, fui chamado pelo então vice-prefeito, Jackson Schmidt,
para fazer estágio na prefeitura. Achei o máximo e fui pra lá. Comecei sendo o
menino que “tirava xerox”e, à pedido do prefeito da época, tirei xerox de tudo
que o seu antecessor fez.

Depois disso, saí da prefeitura, em 2003. Só que, em 2004, me chamaram para
coordenar o comitê eleitoral dos nossos candidatos à majoritária. Foi o que fiz,
e muito bem feito, tanto que, graças ao meu bom desempenho, fui chamado a
ser um Cargo de Confiança deles, em 2005.

Aquela campanha foi o máximo, estávamos muito bem em tudo, nas pesquisas
e tudo mais. Tanto que ganhamos de mais de 4 mil votos.
Foi nesse ano que me aprofundei mais sobre o que era a política e o que um
político faz. Foi daí que reabrimos a JPMDB, em 2005, e criamos diversas
campanhas e frentes de trabalhos. Logo depois, tivemos a eleição federal.
Dessa experiência, que me decepcionei também com a política. Eu vi muitas
coisas que preferia não ter visto, eu presenciei coisas que não queria. E
sempre tive que ficar quieto.

Levei muitos puxões, mas nunca deixei de expressar minha vontade de que a
coligação acabasse. Fui crescendo, estudando, me aprimorando para entender
mais sobre o assunto no qual eu estava envolvido, e não sabia muito bem
pra quê. Fiz um curso na Faccat, outros da Fundação Ulisses Guimarães. E
busquei ler alguns livros.

Continua no próximo post, que será publicado quinta-feira, dia 26 de janeiro, acompanhe...

Minha história na politica - Parte 1

Estou publicando em três partes minha história na política, eis a primeira parte:

Meu envolvimento com a política começou muito cedo, desde “piá”, quando,
em 1992, meu pai concorreu a vereador - não que ele quisesse, mas por pedido
do partido, pois, ao contrário de mim, meu pai odeia política! -.

Depois disso, em 1996, novamente estávamos lá metidos, meus amigos
e eu, no comitê, todos os dias, para agitar. Íamos juntos nos bairros.
Nem votávamos ainda, apenas queríamos o agito, hehehehe. Mas, naquele
ano, perdemos a eleição, e foi muito triste pra mim, que ainda era uma
criança.

Em 1998, cantávamos "E dale Brito, e dale Brito, Olívio vai pro
lixo", huahuahuahua. Nunca vou me esquecer o quanto me diverti e ri
naquela campanha eleitoral! Isso que nem votava ainda, mas, como eu
disse, queria era o agito.

Em 2000, lá estava eu, com mais de 16 anos, louco para votar e louco pela
campanha eleitoral. E vou dizer, que campanha! Nunca mais vi algo como
aquela campanha! Vivenciei brigas e até armas apontadas de um partido
contra o outro, daí eu vi que a coisa é muito mais séria que eu pensava.

O agito é louco, mas a coisa é séria, pois são muitos interesses pessoais
envolvidos. Entramos num bairro e quando eu me dei conta, estávamos presos
pelos moradores, isso de noite, lá pelas 3h da manhã. Mais de 100 pessoas em
redor do carro, nossa sorte foi sermos do candidato deles, se não, nem sei o
que aconteceria!

No outro dia, vencemos a eleição por 56 votos a mais que nosso opositor.
Uma eleição acirrada, corrida e muito emocionante!

Continua no próximo post, que será publicado sábado, dia 21 de janeiro, acompanhe...